Letras do Crédito Imobiliário - LCI


Mário Golshimitd

As Letras do Crédito Imobiliário (LCI) tratam-se de um investimento da família dos títulos de renda fixa. Trata-se de uma forma dos bancos de captarem recursos. Os bancos pagam uma remuneração pelo dinheiro captado e emprestam este mesmo dinheiro para os seus clientes. No caso da LCI, o dinheiro captado é destinado especificamente para o financiamento imobiliário.

Rentabilidade

As Letras do Crédito Imobiliário rendem mais que a caderneta de poupança. E, assim como a poupança, a LCI para pessoas físicas é isenta de cobrança de Imposto de Renda. Também é isenta da cobrança de IOF. Contudo, não raro, o investidor precisa arcar com uma taxa de custódia, cobrada pelas corretoras.

Os chamados bancos médios costumam oferecer mais rentabilidade em aplicações em LCI que os bancos tradicionais, maiores. Isso porque, teoricamente, os bancos médios são menos sólidos que os bancos grandes, o que implicaria em um risco maior para o investidor. Este risco é compensado através de taxas mais sedutoras, com vistas a atrair capital.

Segurança

Um fator que costuma pesar na escolha da poupança por muitos investidores conservadores é a segurança que esta oferece. Neste ponto, as Letras do Crédito Imobiliário também se aproximam da poupança, na medida em que são relativamente seguras.

Evidentemente a segurança do investidor em LCI está diretamente relacionada à solidez do banco onde a aplicação foi feita. Em todo caso, a boa notícia é que o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) oferece uma garantia aos investidores de LCI até o limite de R$ 250 mil. Ou seja, se o banco em que o investidor fez a sua aplicação em LCI tiver problemas – ou, em última instância, quebrar – a FGC garante para o investidor o valor aplicado até R$ 250 mil.

Não por acaso os investidores mais experientes costumam diversificar as aplicações em LCI em diferentes bancos, tomando o cuidado de não ultrapassarem, em cada banco, o valor aplicado de R$ 250 mil. A ideia, com esta manobra, é a de reduzir os riscos, mantendo-se dentro da faixa do valor garantido pela FGC. Se alguma das instituições financeiras tiver problemas, o dinheiro aplicado na LCI daquele banco será garantido pela FGC – até o limite de R$ 250 mil, é sempre bom lembrar.

Porém, vale ponderar. Em caso de um colapso financeiro, o FGC ficaria possivelmente incapacitado de socorrer a todos que tivessem perdas, mesmo dentro da faixa de aplicação até R$ 250 mil. Em um cenário menos apocalíptico, por seu turno, o investidor apto a receber reembolso do FGC pode ter que esperar além do desejado para recuperar o capital, perdendo, assim, outras oportunidades de investimento.

Modalidades

A LCI pode ser classificada de três formas diferentes quanto a sua rentabilidade. E o investidor precisa estar atento a estas diferentes modalidades na hora de investir. São elas: rentabilidade prefixada, rentabilidade pós-fixada e, por fim, menos citada pelas publicações especializadas, a rentabilidade pré e pós-fixada, também conhecida por rentabilidade indexada à inflação.

Nesta última modalidade, a qual costuma ser caracterizada por uma liquidez menor, o banco paga ao investidor uma taxa de juros previamente definida mais a taxa da inflação, medida por índices como o IPCA e o IGPM.

Todavia, as duas modalidades mais usuais são mesmo a prefixada e a pós-fixada. 

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Leia mais sobre estas duas modalidades de rentabilidade da LCI por meio dos links abaixo:


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