Os
colaboradores – grosso modo, denominação dada aos funcionários de uma
instituição – são peças primordiais para o crescimento de uma organização.
Analisando-se do ponto de vista das relações públicas, a interação positiva
entre direção e colaboradores torna-se ainda mais necessária. Uma empresa que
desrespeita seus colaboradores, tornando-os desmotivados e propagadores de más
impressões, macula de modo incomensurável a sua imagem institucional perante os
seus públicos externos.
Inversamente,
um clima salubre e motivador acarretarão em uma efusiva propaganda positiva da
organização. Um comentário benéfico emitido informalmente por um dos
colaboradores da organização a um vizinho, por exemplo, terá muito mais peso a
um anuncio institucional pago, publicado em um veículo de comunicação de massa.
Mas
não só os funcionários são merecedores da alcunha de público interno. Em artigo
publicado no livro Obtendo resultados com relações públicas – organizado por Margarida
Maria Krohling Kunsch (Pioneira Thompson Learning, 2002) – Ricardo
Pereira vai além, apontando a família dos colaboradores como extensão do
público interno, e, por isso, também dignos de atenção especial. Um dos
objetivos principais é fazer com que o funcionário goze do orgulho de seus
familiares, por ocupar um posto na empresa. Um colaborador satisfeito possui o
poderoso potencial de difundir, por meio da chamada propagação viral, uma boa
imagem da instituição. Se tal potencialidade for estendida às famílias dos
funcionários, a organização possuirá, sem grandes custos, um verdadeiro
exército de propagadores institucionais.
Na
busca pela obtenção da simpatia dos familiares dos colaboradores, o
empreendedor pode contar com diversos instrumentos de relações públicas. A
abordagem deve ser sempre profissional. O mesmo Ricardo Pereira alerta os
gestores a não confundirem tais ações com paternalismo e assistencialismo, que,
ao fim, poderão acarretar em um vício maligno, além de – pesando-se os custos e
os benefícios – pouco acrescentarem à imagem institucional.
Um
dos eficazes instrumentos para se obter a simpatia desse segmento são as
tradicionais visitas à instituição, promovidas para atenderem aos filhos e
cônjuges dos funcionários. Não raro, muitos dependentes anseiam por conhecer a
fonte de sustento da família, e, comumente, os filhos desejam trabalhar no
mesmo ofício do pai, orgulhando-se das funções paterna.
O
colaborador, por sua vez, tornar-se-á altivo ao sentir-se prestigiado em seu
posto de trabalho, motivando-se e, consequentemente, acelerando ainda mais a
sua produção. Vale frisar que, precedentemente à promoção da visita, o
colaborador deve ser efetivamente valorizado e assim sentir-se; caso contrário,
se o funcionário não se acha prestigiado e encontra-se com a estima baixa, a
visita de familiares pode apenas reforçar a sua angústia.
Durante
a visita, a firma deve se colocar ao lado do trabalhador, salientando a sua
importância para a manutenção do sistema em que atua. O gestor deve ser um
parceiro do colaborador na apresentação de sua ambiente de trabalho aos familiares.
Para o empreendedor, esse pode parecer um momento singelo, mas, para o
funcionário, essa é uma grande oportunidade de orgulhar seus filhos e cônjuge.
E não há pai ou mãe que não deseje orgulhar sua prole e sua esposa ou marido.
Um
espaço no jornal interno também pode ser dedicado às famílias, citando os
parentes aniversariantes, dentre outras notas caseiras.
Outra
opção são as festas de integração. Embora mais onerosas, as confraternizações
em clubes ou em demais espaços de eventos servem de importante pretexto para um
pertinente entrosamento entre gestores, colaboradores e suas respectivas
famílias, gerando assim um clima de harmonia nos quadros da organização. As
confraternizações, as quais podem ocorrer em feriados ou em fins de semana,
acabam por tornar-se um meio de inserir o colaborador no contexto da
organização, mesmo que, oficialmente, fora do expediente de trabalho.
Relações Públicas: processo, funções, tecnologia e estratégia | Waldyr Gutierrez Fortes. Editora: Summus.
Relações Públicas: processo, funções, tecnologia e estratégia | Waldyr Gutierrez Fortes. Editora: Summus.
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