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Persuasão potencializada: reflexão sobre a retórica da mídia

Caleb Oquendo | Pexels

Mesmo as cidades de médio porte estão afundadas em mensagens midiatizadas que, diante da grande concorrência pela atenção dos receptores, utilizam recursos de engajamento. O outdoor da esquina clama por uma breve olhada do transeunte, ao passo em que o carro de som, que transita pela esquina simultaneamente, literalmente berra, exigindo um pouco da atenção auditiva. A atenção do indivíduo tornou-se uma mercadoria para a publicidade, mercadoria cara. E, para obtê-la, a persuasão da retórica, hoje industrializada pela mídia, é utilizada.

Resenha: Teoria da comunicação: ideias, conceitos e métodos, de Luís Mauro Sá Martino.

Nos anos 1970, a pesquisadora alemã Elizabeth Noelle-Neuman (1916-2010) liderou um grupo de pesquisadores que desenvolveu o conceito de Espiral do Silêncio. A ideia da Espiral ajudava a explicar uma série de eventos trágicos, como a ascensão do Nazismo na Alemanha.

Resenha: Sociologia da Comunicação: Teoria e Ideologia, de Gabriel Cohn.

Da primeira metade dos anos 1970 aos dias de hoje, muitas questões são anacrônicas. Como aquelas alçadas à condição de problemas centrais do livro Sociologia da Comunicação, de Gabriel Cohn: “Como agem os meios de comunicação no plano coletivo? Quais os seus efeitos? O que significa falar em ‘público’ ou em ‘massa’? Como a organização e o modo de agir desses meios se relacionam com diversos tipos de sociedades?”

O limiar da brincadeira e da alienação

Imagem de Jo-B por Pixabay

Manipulando objetos, aparentemente sem nenhuma pretensão, a criança explora o mundo a sua volta. Mesmo finda a fase infanto-juvenil, a brincadeira não se esvai. Ao contrário. O ato de brincar continua presente na realidade adulta e com funções ainda complexas. Brincando, seja no carnaval de rua ou jogando futebol, auto-exploramos-nos e também o fazemos com a sociedade onde estamos inseridos.

Abordagem empírico-experimental: os efeitos de persuasão passam pelas particularidades dos receptores.

Imagem: Gerd Altmann | Pixabay

É inegável a importância da teoria hipodérmica para o campo das pesquisas em comunicação social. Em um contexto pós-bélico (as duas Grandes Guerras Mundiais), a teoria hipodérmica busca responder ao questionamento de quais os efeitos dos mass media em uma sociedade de massas, creditando esses efeitos como ilimitados.

O processo comunicativo proposto pela teoria hipodérmica – de estímulo-resposta – é superado em parte pela abordagem empírico-experimental (ou teoria da persuasão).

Teoria hipodérmica reflete contexto pós-guerra em uma sociedade de massas

Imagem de M W por Pixabay

As duas Grandes Guerras Mundiais, as quais permearam a primeira metade do século XX, deixaram marcas no campo das pesquisas em comunicação. O pós-guerra foi o cenário que viu nascer a teoria hipodérmica, notadamente marcada pelo testemunho do uso da comunicação como arma de manipulação durante a guerra.

Grupo Social e Multidão

Imagem de Eak K. por Pixabay

Grupo social e multidão são termos sociológicos e possuem significados distintos, embora, muitas vezes, sejam utilizados de forma equivocada e indistinta.

Framing: o enquadramento e a ampliação da teoria do agendamento.

Imagem de Free-Photos por Pixabay

Elaborada a partir de 1968 e apresentada em 1972, a teoria do agendamento (agenda-setting) sugeria que os media influenciavam as pessoas com relação aos temas a respeito do qual elas deviam pensar. Aliada ao conceito de saliência relativa, a agenda-setting concluía que a importância relativa que as pessoas davam a determinado assunto possuía relação com a atenção que os meios de comunicação atribuíam a esse mesmo assunto.

Agenda-setting: quando alguém nos diz sobre o que conversar

Imagem de Free-Photos por Pixabay

Corre o ano de 1968 e os Estados Unidos vivenciam o período de campanha com vistas às eleições presidenciais. É nesse contexto que os pesquisadores Maxwell McCombs e Donald Shaw realizam as pesquisas que culminam com a apresentação da teoria do agendamento (agenda-setting), em 1972.

Fanzine, o artesanato noticioso

Imagem: Jake from Manchester.

Boa vontade, interesse e paixão por alguma espécie de arte. Esses são os ingredientes basilares para se tornar um faneditor. Este é o nome que se dá aos produtores de fanzines, espécie de publicação alternativa e amadora, de confecção e distribuição relativamente tosca, em função – sobretudo – da escassez de recursos de seus idealizadores.

Resenha: Comunicação e poder: a presença e o papel dos meios de comunicação de massa estrangeiros na América Latina, de Pedrinho Guareschi.

Doutor Ph.D em sociologia e comunicação pela universidade de Wisconsin e professor e pesquisador da PUC do Rio Grande do Sul, Pedrinho Guareschi é um conhecido intelectual católico empenhado em desvelar os meios de comunicação de massa e os fenômenos sociais que estes causam. Suas análises críticas, permeadas por um entusiasmo militante, expõem questões marcantes que merecem atenção.

Resenha: Comunicação de massa sem massa, de Sérgio Caparelli

Segundo documento do Centro de Informações do Exército, publicado no decorrer do regime ditatorial–militar brasileiro (1964 – 1985), “imprensa alternativa” é aquela formada por uma “... reunião de alguns jornalistas que, não obtendo colaboração adequada nos órgãos existentes, montaram o seu próprio jornal, geralmente em sistema de cooperativa, o qual, de proporções reduzidas quanto à tiragem, tamanho e objetivos, concorreria em faixa especial do mercado...”. O documento cita ainda que tal espécie de publicação é “... quase totalmente controlada por elementos comunistas”.

Dissonância cognitiva, do desconforto psicológico à formação de bolhas

Temos as nossas opiniões, crenças, e práticas cotidianas, muitas delas arraigadas. E às vezes acontece de nos deparamos com informações ou opiniões novas que entram em rota de colisão com as nossas práticas, conhecimentos e crenças antigas. É nesse momento que ocorre o que chamamos de dissonância cognitiva. Em geral, essa dissonância leva a um desconforto psicológico.

Público e Opinião Pública

Aloísio Gueiros

Público é um conceito de agregado social, assim como multidão e massa.

Assim como na massa, os membros de um público estão unidos por um estímulo, por uma comunicação recebida. A grande diferença entre público e massa, todavia, está na forma como ambos reagem à comunicação (ao estímulo).

Gatekeeper



Aloísio Gueiros

Durante dias, nos noticiários, alguns temas merecem exaustiva cobertura, ao passo que outros jazem no limbo do esquecimento pelos meios de comunicação de massa. Em alguns casos, assuntos aparentemente sérios e, não raro, efetivamente sérios são completamente ignorados, enquanto histórias amenas são fragorosamente valorizadas, encerrando o telejornal com grande espaço.

Como explicar isso?

Valores-notícia




Aloísio Gueiros

Com o objetivo de estudar o processo produtivo das notícias nos meios de comunicação, foram desenvolvidos, no campo da pesquisa em comunicação, os estudos do newsmaking.

Newsmaking



Aloísio Gueiros

“Como se dá o processo de fabricação das notícias nas redações dos veículos de comunicação social?”. Com o objetivo de desanuviar questões como essa, as pesquisas do newsmaking valem-se da técnica da observação participante.

As novas mídias e as redes em contraposição à comunicação de massa


Manuel Castells
As novas mídias surgidas na esteira da internet, cujos emblemas são as plataformas sociais, têm dado propulsão ao surgimento de um novo agregado social: as redes. Trata-se de um conceito sociológico, trabalhado de forma referencial pelo intelectual europeu Manuel Castells. As redes advêm como contraponto ao conceito de massas, agregado social teorizado na primeira metade do século XX, para dar conta do conjunto heterogêneo, disperso e relativamente passivo dos receptores dos nascentes meios de comunicação de largo alcance.

Charles Peirce, um dos fundadores da Semiótica


Charles Peirce


Aloísio Gueiros

Charles Sanders Peirce, um dos “fundadores” da semiótica, autor da conhecida fonte norte-americana (chamada semiótica “Peirceana”), possuiu um currículo tão complexo quanto o seu objeto de estudo. Filho do importante matemático Beijamim Peirce, nasceu em 1839, nos Estados Unidos, e faleceu em 1914. Com uma vida intelectual incrivelmente eclética, bacharelou-se em química na universidade de Harvard

Semiótica, o signo como ciência



Aloísio Gueiros

Semiótica é a ciência que enfoca toda e qualquer linguagem: os signos. Além da linguagem verbal, também traduzida para visual alfabética, existe uma gama variada de formas sociais de comunicação e de significação. A prática da produção de linguagem e sentido compõem os fatos culturais e atividades ou práticas sociais. Todas as linguagens possíveis são observadas pela semiótica. Até mesmo a linguagem da estrutura química do código genético.