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As duas Grandes Guerras Mundiais, as quais permearam a primeira metade do século XX, deixaram marcas no campo das pesquisas em comunicação. O pós-guerra foi o cenário que viu nascer a teoria hipodérmica, notadamente marcada pelo testemunho do uso da comunicação como arma de manipulação durante a guerra.
Aloísio Gueiros
Além de premissas behavioristas, a teoria hipodérmica – também chamada de teoria da bala mágica ou dos efeitos ilimitados – vale-se do conceito sociológico de massa.
Massa consiste numa nova modalidade de agregado social – vem se juntar à multidão e ao público. O advento da massa ocorre justamente propiciado pela difusão dos meios de comunicação. Estes seriam os responsáveis por, através de suas mensagens, fornecer referências para os indivíduos. Os indivíduos estariam isolados, atomizados. Isso explicaria a falta de resistência que as mensagens da mídia encontram para adentrar nas mentes das audiências.
Daí a analogia que dá nome à teoria. As mensagens adentram nos indivíduos com a mesma facilidade que uma agulha hipodérmica, ou uma bala mágica.
Embora importante, por seu pioneirismo no campo das pesquisas em comunicação, a teoria dos feitos ilimitados – que busca responder à questão “quais os efeitos têm os massa media numa sociedade de massa” – possui limitações.
Pode-se dizer que uma delas é o fato de ignorar a diversidade que há entre os diversos meios de comunicação. Outra, reside no simplismo de seu modelo comunicativo, o qual se resume a estímulo (mensagem da mídia) – resposta (reação da audiência, conforme esperado).
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