Imagem: Gerd Altmann | Pixabay |
É inegável a importância da teoria hipodérmica para o campo das pesquisas em comunicação social. Em um contexto pós-bélico (as duas Grandes Guerras Mundiais), a teoria hipodérmica busca responder ao questionamento de quais os efeitos dos mass media em uma sociedade de massas, creditando esses efeitos como ilimitados.
O processo comunicativo proposto pela teoria hipodérmica – de estímulo-resposta – é superado em parte pela abordagem empírico-experimental (ou teoria da persuasão).
Aloísio Gueiros
Para a teoria da persuasão, entre o estímulo (causa) e a resposta (efeito) haveria um elemento ignorado pelos estudiosos dos efeitos ilimitados, o que tornava o processo comunicativo da teoria hipodérmica por demais mecanicista e imediato.
O que a abordagem empírico-experimental propõe é que esse elemento, entre o estímulo e a resposta, encontra-se justamente nos receptores da mensagem. Seriam os processos psicológicos intervenientes – que finalmente ampliam, de certo modo, o papel dos destinatários.
Os processos psicológicos intervenientes agiriam na interação que há entre as características particulares do estímulo (mensagem) e os traços específicos da personalidade dos elementos que constituem os destinatários. Com isso, assume-se que a recepção da mensagem não seria uniforme e do exato modo como previsto pelos emissores, mas, antes, variáveis. Particularidades específicas de cada membro do público afetaria o efeito da mensagem, que não seria igual para todos.
É evidente que a superação do processo comunicativo simplista da teoria hipodérmica (também conhecida como “da bala mágica”) pela teoria da persuasão não ocorreu por meio de uma completa dessemelhança. Pode-se dizer que ambas as teorias possuem modelos comunicativos relativamente parecidos. O fato é que ambas, em seus respectivos contextos, contribuíram sobremaneira para a pesquisa em comunicação.
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