Charles Peirce, um dos fundadores da Semiótica


Charles Peirce


Aloísio Gueiros

Charles Sanders Peirce, um dos “fundadores” da semiótica, autor da conhecida fonte norte-americana (chamada semiótica “Peirceana”), possuiu um currículo tão complexo quanto o seu objeto de estudo. Filho do importante matemático Beijamim Peirce, nasceu em 1839, nos Estados Unidos, e faleceu em 1914. Com uma vida intelectual incrivelmente eclética, bacharelou-se em química na universidade de Harvard


Foi também matemático como o pai, físico e astrônomo. Contribuiu com a geodésia, com a meteorologia e com a espectropia. Empenhou-se ainda na biologia, geologia, zoologia, linguística, filologia e história, além praticar a “arte quirográfica”.

Por suas contribuições à psicologia, é considerado o primeiro psicólogo experimental de seu país. Conhecia línguas, dominava a literatura e estudou arquitetura. Manteve-se trabalhando como cientista para o governo e em um observatório no Harvard College. Deve-se ressaltar, além disso, a sua postura como filósofo e lógico – campos acadêmicos onde só foi reconhecido tardiamente. A lógica, por sinal, o seduzia. Lutou pelo seu reconhecimento como ciência.

Sua linha de pensamento em relação à filosofia contribuiu para que Peirce não fosse reconhecido como filósofo, pois defendia que o caminho para tal disciplina dava-se por meio da lógica científica.

Charles Sanders reconhecia que não atingira a eminência que merecia. Isso devido a grande pluralidade de seus estudos em disciplinas de áreas opostas. Ainda assim, se destacou. Em 1867 foi nomeado membro da Academia Americana de Ciências e Artes, e, em 1877, foi nomeado membro da Academia Nacional de Ciências. Faleceu deixando vários manuscritos e a certeza de que seu legado estava à frente de sua época.

Da invenção do papel ao surgimento do cinema – inspirado pela fotografia –, passando pelo advento da tipografia e culminando com a utilização de ondas na transmissão de signos, reduziram-se as distâncias e transformou-se o mundo em uma “aldeia global”. Pari passu, em ascensão, aparece novamente a tradicional comunicação interpessoal.

A despeito do meio e da tecnologia empregada, a comunicação convém para que as pessoas se relacionem entre si, mudando-se reciprocamente e mudando a realidade em suas voltas. 


Leia mais sobre signo e semiótica.

 





Semiótica aplicada | Lúcia Santaella. Editora Thomson.



Semiótica | Charles S. Peirce. Editora Perspectiva. 




Tratado geral de semiótica | Umberto Eco. Editora Perspectiva.




Imagem: cognição, semiótica, mídia | Lúcia Santaella & Winfried Noth. Editora Iluminuras.
 
 
 

Curso de linguística geral | Ferdinand de Saussure. Editora Cultrix. 

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