Luther King: grandes líderes, muitas vezes, são grandes oradores |
Para
um gestor ou vendedor, valer-se de técnicas de persuasão é um artifício conveniente.
Diante de colóquios, estratégias discursivas e mesmo gestuais podem ser decisivas.
Eis algumas delas:
Perguntar
e ouvir
A
fim de finalizar uma negociação com sucesso, não é necessário falar mais que o
ouvinte. Na realidade, um bom começo é ouvir mais que falar. Para ouvir alguma
palavra pertinente do individuo com quem se conversa, pode ser necessário
induzir o contatado a discorrer. Tal indução é feita por meio de perguntas.
Alguns
autores recomendam que mesmo as perguntas cujas respostas já se preveem sabidas
devem ser proferidas ao interlocutor; outros defendem que perguntar o que já se
sabe é dispensável, pois chateia o indagado. Recomendamos, então, que perguntas
de confirmação sejam feitas apenas se necessário. Além do mais, nas outras
respostas do indagado, várias confirmações poderão ser emitidas de forma natural
e implícita.
O
importante é deixar o cliente falar. Sem interrompê-lo. Se ele está falando
bastante, isso é um bom sinal. A não ser, é claro, que ele o esteja xingando.
Aprofundar
informações
Perguntar
é importante. Todavia, não basta. Logicamente, é preciso escutar atentamente as
respostas. As pistas ofertadas pelo cliente que fala despreocupadamente irão embasar
os seus argumentos. Nesta etapa, o que deve interessar ao interlocutor são os
subsídios para, logo mais, negociar com propriedade.
Não
é recomendável falar logo do produto ou do objetivo da conversa. Primeiro é
preciso aprofundar-se nos problemas do cliente. Aqui reside a importância de
ouvir mais do que falar, ao menos em um primeiro momento.
As
perguntas precisam possuir um foco. Perguntar só por perguntar é uma anomalia.
Com as indagações, o profissional necessita priorizar o seguinte objetivo: tentar encontrar algum problema ou
insatisfação do cliente que possa ser resolvido. Este deve ser o mote das
palavras que você emitirá inicialmente.
A
defesa
Um
orador persuasivo deve ter convicção do que defende. Entretanto, isso não
impede que o discursador faça um exercício diante de uma negociação. O
exercício consiste em tentar entender o argumento da pessoa, em detrimento de
tentar impor a sua opinião. Se a pessoa resiste e apresenta uma alternativa a
sua, é porque existe algum motivo para tal. Descobrir tal motivo e colocar-se
no lugar de quem se procura convencer é uma ferramenta poderosa.
A
defesa de seu argumento ou produto não deve ser grosseira. Não adianta empurrar
seu objetivo de qualquer maneira, sem levar em consideração os interesses do
cliente ou de quem quer que esteja ouvindo. Por esse motivo, é preciso
demonstrar, com perguntas e sugestões, mais preocupação com o cliente do que
com a venda em si.
Técnicas
subliminares
Além
desses recursos mais simples, existem aqueles que se valem de técnicas de
oratória pessoal subliminar, apresentando resultados bastante eficazes. No
livro Propaganda subliminar multimídia (Summus, 1992) Flávio
Calazans cita Donald e Herd, apontando dicas valiosas para a melhor interação
entre o vendedor e o prospect.
Do
ponto de vista da comunicação pessoal subliminar, confiamos nas pessoas que
achamos parecidas conosco. Se conseguirmos convencer o destinatário de que somos
parecidos com ele, nossas ideias serão transmitidas com menos dificuldade. O
ouvinte tornar-se-á mais receptivo.
Não
é preciso ser vidente para conhecer os trejeitos e simular uma semelhança com o
seu cliente em uma negociação. O que é necessário é senso de observação. Um
relações públicas precisa ser observador e, sobretudo, precisa entender de
gente. Por isso, a importância da formação humanística deste profissional.
No
início da conversa – quando o contatado deve falar mais que você – aproveite
para observar o ritmo da respiração do cliente. Observe também os seus gestos,
sua expressão e os termos e gírias empregados pelo cliente.
De
posse de tais informações, quando chegar a sua vez de falar, busque respirar no
mesmo ritmo e velocidade do interlocutor, sem que ele perceba. Também procure
imitar discretamente os gestos típicos dele, sua postura e expressão corporal.
Utilize, naturalmente, os termos, gírias e as palavras do target.
Dicas ótimas, para várias profissões
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