Aloísio
Gueiros
Semiótica é a ciência que enfoca toda e
qualquer linguagem: os signos. Além
da linguagem verbal, também traduzida para visual alfabética, existe uma gama
variada de formas sociais de comunicação e de significação. A prática da
produção de linguagem e sentido compõem os fatos culturais e atividades ou
práticas sociais. Todas as linguagens possíveis são observadas pela semiótica.
Até mesmo a linguagem da estrutura química do código genético.
Trata-se de
uma jovem ciência, que, costuma-se apontar, possui três origens. Uma delas está
nos Estados Unidos, com Charles Peirce, que, em seus textos, atribui várias
definições ao termo signo.
Sintetizando, diz-se que o signo é uma coisa que representa uma outra coisa, o
seu objeto. Através desta relação, do signo
com seu objeto, é produzido outro signo na mente interpretadora, traduzindo
o significado do primeiro signo, que está em questão.
Ferdinand de Saussure |
Outra das
origens da semiótica dá-se na União Soviética, em plena efervescência
revolucionária, pelas mãos de A. N. Viesse-iovski e A. A. Potiebniá, ambos
grandes filólogos. No entanto, a falta de divulgação imediata e a perseguição
stalinista prejudicaram o legado russo.
A fonte
europeia, por sua vez, é oriunda da Universidade Federal de Genebra e é baseada
em obra póstuma organizada por alunos de F. de Saussure. A ampla divulgação
permitiu a sua relativa popularização por todo o mundo, sendo a antropologia e
a teoria literária, inclusive, influenciadas por seus princípios metodológicos.
Embora se
costume simplificar as definições colocando o signo como aquilo que representa algo para alguém, tal conceito, para muitos,
limita o significado do verbete. Analisando a sua história, percebemos a
complexidade do termo. Os signos são transmissores de noções para as mentes
humanas. São qualquer coisa que ou alguma coisa que, que podem enfatizar
entidades virtuais, ficcionais, reais, imaginárias, sonhadas, míticas e etc.
O signo é
qualquer coisa que está relacionado a uma segunda coisa, seu objeto, que pode
ser universal, um conjunto, uma ideia ou uma abstração (uma vez que não é
necessário ser algo individual, concreto ou singular para contemplar-se). Os
elementos componentes do signo são: o significado, o significante e o objeto
referente.
Leia mais sobre signo e semiótica.
Clique aqui para ler o post: Os signos e a comunicação social.
Imagem: cognição, semiótica, mídia | Lúcia Santaella & Winfried Noth. Editora Iluminuras.
Semiótica aplicada | Lúcia Santaella. Editora Thomson.
Tratado geral de semiótica | Umberto Eco. Editora Perspectiva.
Curso de linguística geral | Ferdinand de Saussure. Editora Cultrix.
Imagem: cognição, semiótica, mídia | Lúcia Santaella & Winfried Noth. Editora Iluminuras.
Semiótica aplicada | Lúcia Santaella. Editora Thomson.
Semiótica | Charles S. Peirce. Editora Perspectiva.
Tratado geral de semiótica | Umberto Eco. Editora Perspectiva.
Curso de linguística geral | Ferdinand de Saussure. Editora Cultrix.
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