A
comunicação é mais que os meios de comunicação social. Representa uma básica
necessidade humana. É através de seu fluxo que os padrões culturais são
transmitidos a um indivíduo. O jornal fornece informações e contatos
sociais. O rádio desempenha o papel de companhia e de escape, bem como a TV e
as revistas populares. As telenovelas possuem um complexo papel social, pois
servem como fonte de orientação e conselho.
Aloísio Gueiros
A imposição
do idioma do dominador-colonizador sobre o dominado exemplifica a função
política da linguagem. A cultura funciona pela comunicação, criando seus signos
e atribuindo-lhes seus próprios significados.
Sobre o
inicio da comunicação humana, pouco se sabe. Pode-se dizer que o homem
primitivo encontrou meios de associar objetos ou ações a sons e gestos. Nascia
o signo, a base da comunicação geral
e da linguagem.
Para
relacionar os signos entre si, era necessário um conjunto de regras. Com o
tempo, sem a linearidade abreviada expressa aqui, surge a gramática. Aos poucos
os modos de utilizar a linguagem foi aprendida pelos homens. É provável que a
linguagem oral tenha sido a primeira forma organizada de comunicação humana,
podendo ter, como contemporânea, a linguagem gestual. Buscando a fixação dos
signos, usou-se o desenho e, mais tarde, a escrita, a partir da evolução dos
pictogramas. Depois, com a percepção dos fonemas, nascia o conceito de letra e os alfabetos. Os signos passaram
a representar ideias.
Com a
evolução da comunicação, os signos foram sendo empregados sem nenhuma
semelhança com os objetos representados. Os signos cujos significantes se
parecem com os objetos referentes chamam-se analógicos. Dentro deste está os
icônicos, mais fiéis ao objeto. Aí se encaixam as palavras onomatopeicas.
Os
signos digitais são aqueles que não possuem semelhanças com seus referentes.
Um signo
possui ainda diferentes significados, dependendo do contexto em que se
encontra. Podem ser cognitivos ou emotivos; denotativo, quando objeto, ou
conotativo, quando subjetivo ou pessoal. Os animais são denotativos; a exceção
conotativa consiste nos casos de condicionamento. O homem possui a capacidade
de conotar. As sílabas combinadas geram palavras que podem ser organizadas em
frases.
A liberdade
da escolha dos signos e de gramáticas teve como consequência a existência de
milhares de idiomas e dialetos que, para sobreviverem, dependem de variados
fatores.
Leia mais sobre signo e semiótica.
Curso de linguística geral | Ferdinand de Saussure. Editora Cultrix.
Imagem: cognição, semiótica, mídia | Lúcia Santaella & Winfried Noth. Editora Iluminuras.
História das teorias da comunicação | Armand Mattelart & Michele Matellart. Edições Loyola.
Semiótica aplicada | Lúcia Santaella. Editora Thomson.
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