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Elaborada a partir de 1968 e apresentada em 1972, a teoria do agendamento (agenda-setting) sugeria que os media influenciavam as pessoas com relação aos temas a respeito do qual elas deviam pensar. Aliada ao conceito de saliência relativa, a agenda-setting concluía que a importância relativa que as pessoas davam a determinado assunto possuía relação com a atenção que os meios de comunicação atribuíam a esse mesmo assunto.
Aloísio Gueiros
O conceito de framing (enquadramento, em português), apresentado mais tarde pelos mesmos “pais” da teoria do agendamento, McCombs e Shaw, ampliou o conceito original.
Agora, os pesquisadores norte-americanos iam além, ao apontar que os meios não apenas influenciariam os temas que as pessoas pensam, mais, ainda, influenciariam como as pessoas pensam esses temas. Tal fenômeno se daria por meio de enquadramentos que caracterizariam as matérias noticiosas. Tal caracterização – com a utilização de quadros de referências - poderia influenciar a compreensão da audiência sobre o assunto.
É importante frisar que para o framing os quadros de referência não são utilizados apenas pelos meios de comunicação, mas, também, pelo público, que os utilizaria na reapropriação das mensagens recebidas.
Para alguns, a teoria do enquadramento funcionaria como uma espécie de segundo nível da teoria do agendamento, por acrescentar uma nova camada: a “camada” de como pensar os assuntos agendados, a partir de uma agenda de atributos que, caracterizando o assunto, apresentaria um viés de abordagem.
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