Imagem: Jake from Manchester. |
Boa vontade, interesse e paixão por alguma espécie de arte. Esses são os ingredientes basilares para se tornar um faneditor. Este é o nome que se dá aos produtores de fanzines, espécie de publicação alternativa e amadora, de confecção e distribuição relativamente tosca, em função – sobretudo – da escassez de recursos de seus idealizadores.
Aloísio Gueiros
A falta de estrutura financeira não é o único entrave na consolidação da periodicidade e da concepção editorial desses boletins experimentais. Geralmente editados nas poucas horas livres dos faneditores, os fanzines acabam relegados a mero hobbie.
A despeito das dificuldades e da imprevisibilidade de seu tempo de vida, vários fanzines conseguem se destacar, alcançando alguma qualidade técnica e de conteúdo.
Embora seja um fenômeno no mundo e no Brasil, principalmente após a explosão desse tipo de expressão alternativa na década de 1980 – até meados da década de 1990 praticamente não havia qualquer bibliografia a respeito.
Um dos alentos para os interessados no assunto – que possui relevante potencial pedagógico – é o livro O que é fanzine, do paraibano Henrique Magalhães. Estudioso aficionado dos fanzines, Magalhães traça um panorama histórico de tais publicações, desde a década de 1930, quando os impressos artesanais surgiram nos Estados Unidos, além de descrever didaticamente seu processo de produção.
Leitura recomendada: O que é fanzine, de Henrique Magalhães.
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