Classificações brasileiras de gêneros jornalísticos

Editorial. Um gênero jornalístico opinativo
Sérgio Vaz

É importante frisar que não existe consenso quanto às classificações dos gêneros jornalísticos. Várias ordenações distintas já foram propostas e as classificações tendem a variar de país para país. No Brasil, Luiz Beltrão é considerado o pioneiro, seguido de José Marques de Melo, o qual se inspirou no primeiro para confeccionar a sua classificação de gêneros, quiçá, a mais popular atualmente.

A classificação de Luiz Beltrão abrange três grandes gêneros – informativo, interpretativo e opinativo –, os quais se subdividem em outros, conforme exposto abaixo.

Gêneros jornalísticos: Classificação de Luiz Beltrão
Jornalismo informativo
Notícia
Reportagem
História de interesse humano
Informação pela imagem
Jornalismo interpretativo
Reportagem em profundidade
Jornalismo opinativo
Editorial
Artigo
Crônica
Opinião ilustrada
Opinião do leitor

Por sua vez, a classificação de José Marques de Melo abrange os seguintes gêneros, também passíveis de subdivisão: informativo, opinativo, interpretativo, diversional e utilitário, o qual se trata da prestação de serviço.

Gêneros jornalísticos: classificação de José Marques de Melo
Informativo
Nota
Notícia
Reportagem
Entrevista
Opinativo
Editorial
Comentário
Artigo
Resenha
Coluna
Caricatura
Carta
Crônica
Interpretativo
Análise
Perfil
Cronologia
Diversional
História de interesse humano
História colorida
Utilitário (prestação de serviço)
Chamadas
Roteiros
Obituários

Luiz Beltrão
Perceba que na classificação de José Marques de Melo, além dos grandes gêneros do jornalismo informativo, opinativo e interpretativo, aparecem ainda as classificações diversional e utilitário. Diferentemente da classificação de Luiz Beltrão, em Marques de Melo as histórias de interesse humano estão contidas no gênero diversional. As entrevistas, por, em tese, não trazerem a opinião do entrevistador (e sim do entrevistado), são classificadas como jornalismo informativo. Note ainda que os artigos e as colunas estão insertas no gênero opinativo. Por fim, como jornalismo interpretativo, surgem a análise, o perfil e a cronologia.

Um olhar apressado pode levar a uma confusão entre os gêneros opinativo e interpretativo. Mas perceba que, tanto para Beltrão como para Marques de Melo, tais classificações consistem em formatos diferentes. Interpretação está ligada a contextualização de um fato, com vistas a tornar uma informação mais explícita. Já opinar tem haver com emitir ponto de vista, fazer juízo.

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