A adequação da comunicação aos diversos segmentos de públicos de uma organização


Tiago Zaidan
Crédito: Pixabay

Por mais que o público-alvo de uma organização seja amplo e genérico, tentar contemplar e influenciar a todos os segmentos com uma mesma mensagem não é recomendado, especialmente se há busca pela eficiência. Até porque, nas palavras de Joe Marconi, em seu livro Relações públicas – o guia completo (2009), “a utilização de estratégias de marketing de amplo alcance, com grande cobertura, visando a atingir a grande massa, pode perder algumas oportunidades importantes para melhorar a imagem e a reputação da empresa dentro de determinados alvos (targets)”.

É pertinente ter alguma noção e levar em consideração o grau de entendimento e a bagagem educacional e cultural de cada um dos receptores, dos diferentes públicos da organização, com vistas a adequar todo e qualquer material de comunicação organizacional de modo a torná-los mais eficientes. Conhecer os grupos de receptores é, portanto, necessário. O que não muda entre todos os stakeholders é a necessidade destes merecerem respeito por parte da organização, razão precípua, inclusive, da adequação dos discursos da comunicação organizacional.

A compra de espaços pelos meios de comunicação de massa costuma ser vista como um caminho atalhado para fazer uma marca ou produto ser percebido por uma grande quantidade de pessoas em um curto espaço de tempo. Contudo, os espaços de propaganda disponibilizados pelos mass media não estão imunes a saturação, motivo pelo qual o anunciante não pode prescindir das reprises, sob pena da mensagem não se destacar em meio ao ruído composto por inúmeros outros apelos propagandísticos. A necessidade da redundância na exibição das mensagens soma-se aos altos custos inerentes à abordagem pelos meios de comunicação de massa, o que certamente inviabiliza tal estratégia de marketing pelas organizações de pequeno porte.

Uma das alternativas para as organizações é a priorização de uma comunicação dirigida, destinada aos diferentes segmentos de públicos os quais compõem o alvo da instituição. Por atingir bem menos pessoas, a conta total da comunicação segmentada tende a ser mais barata. À questão do custo, soma-se a eficiência. Há menos riscos de se desperdiçar o envio de uma mensagem para um segmento do público diverso daquele que se pretendia alcançar. E, mesmo que a intenção fosse a de espalhar uma determinada mensagem generalística para a maior quantidade de pessoas possível, os custosos meios de comunicação de massa poderiam não ser suficientes, uma vez que, nas palavras de Joe Marconi, “o público, antes mensurado como massa, agora está espalhado pelas diversas mídias alternativas”.


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