Podcasts como suporte à realização e à promoção de eventos

Crédito: Alexey Pavlov por Pixabay
Tiago Eloy Zaidan

Existem diversas ferramentas de comunicação que podem ser utilizadas com propósitos organizacionais, inclusive no contexto da promoção de eventos.

As novas mídias, sobretudo as digitais, apresentam-se como alternativas de baixo custo. É o caso do podcast, fenômeno contemporâneo que pode ser utilizado como suporte ao marketing, ou como parte inerente do evento.

O formato de um podcast lembra o de um programa de rádio. A maior distinção é que os episódios ficam disponíveis e podem ser ouvidos a qualquer hora no smartphone ou computador. Outra diferença é a maior independência em relação a espaços oferecidos pelas emissoras de rádio convencionais. É possível veicular podcast em plataformas de áudio, como o Spotify, Deezer,  SoundCloud, Google Podcasts;  e, até mesmo, de vídeo, como o YouTube.

Vamos a alguns exemplos de podcasts produzidos e lançados paralelamente a eventos, como suporte à divulgação e à mobilização.

Intercom

O Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, o Intercom, é realizado desde 1977, e se dedica a debater tópicos de jornalismo, relações públicas, publicidade, rádio, televisão, cinema, produção editorial, entre outros.

Sua quadragésima segunda edição foi realizada na Universidade Federal do Pará, em setembro de 2019.

Durante o evento, a entidade organizadora lançou o podcast RÁDIO INTERCOM, dedicado à cobertura e divulgação do congresso.

Bienal do Livro

Realizado em outubro de 2019 no Centro de Convenções de Pernambuco, a décima segunda BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DE PERNAMBUCO reuniu livreiros, editores e distribuidores.

Por ocasião do evento, foi lançado o programa BIENALCAST.

UFC

A Quarta Semana de Metodologia e Produção Científica foi promovida em outubro de 2019 na Universidade Federal do Ceará. Dedicada a assuntos de interesse para o desenvolvimento de pesquisas e publicações científicas, a organização valeu-se da página da Biblioteca de Ciências Humanas da Universidade – já existente nas plataformas - para veicular os podcasts.

Inspiramais

Há ainda o exemplo do podcast Inspiracast. Os programas trazem conteúdos do INSPIRAMAIS, o Salão Semestral de Design e Inovação de Materiais para o setor da moda. A realização da última edição presencial se deu em janeiro de 2020, em São Paulo.

E sobre o que falam esses podcasts?

Os episódios podem ser utilizados para promover o evento, com vistas a atrair participantes, e para motivar o público. Em alguns casos, o podcast pode ser utilizado para explicar o formato do evento, como no exemplo do programa Bienal Cast, que se propõe a esclarecer o que é uma bienal.

Iniciada a atividade, um episódio pode ser dedicado a cobertura do primeiro dia. Ou o podcast pode transmitir a abertura ao vivo. É a chamada LIVE, cada vez mais popular.

No decorrer da programação, ou mesmo depois, o podcast pode apresentar entrevistas com os palestrantes que estiveram no evento. O áudio das palestras e rodas de conversa pode ser editado para posterior aproveitamento nos programas. Essa é uma forma especialmente interessante de manter o público-alvo motivado para a edição seguinte do evento, além de atrair a atenção de mais pessoas. Se já houver uma data prevista para a próxima edição do evento, vale divulgá-la.

Com a ampliação da popularidade dos podcasts, tem sido cada vez mais comum incluir a própria gravação na programação do evento. Ou seja, a gravação ao vivo do podcast, com a presença de platéia, passa a ser, por si só, uma das atrações da programação.

Revista Piauí

Eis um exemplo. O sexto Festival Piauí de Jornalismo, realizado no auditório da Fundação Armando Alvares Penteado, São Paulo, em outubro 2019.

A programação do evento contemplou diversas mesas com jornalistas estrangeiros premiados. No entanto, um dos pontos altos do evento consistiu na gravação aberta à plateia do podcast político Foro de Teresina. O Foro de Teresina é realizado pela revista Piauí, a mesma que organizou o festival.

UFRJ

Por fim, há casos extremos de eventos que se convertem em podcast. Ou seja, o evento presencial é substituído pelo podcast. A mudança pode fazer sentido. Tudo depende dos objetivos da ação.

O exemplo vem da tradicional Universidade Federal do Rio de Janeiro. Aqui, o Curso de Terapia Ocupacional, em parceria com o Laboratório Ergoproj, desenvolvem o Projeto de extensão CAFÉ ERGO, dedicado a discutir temas relacionados à ergonomia.

Desde a sua concepção, o CAFÉ ERGO promoveu mais de 30 encontros presenciais no formato de reuniões mensais abertas à comunidade acadêmica e a profissionais que atuam na área de saúde e segurança do trabalho. O alcance, no entanto, era limitado aos presentes. E, Para complicar, no primeiro semestre de 2020 a crise sanitária de Covid-19 inviabilizou os encontros presencias.

A solução encontrada foi migrar de plataforma de discussão, passando a adotar os podcasts. Agora, as discussões são lançadas quinzenalmente nos principais agregadores, com um alcance maior, para além do Rio de janeiro. Temas especialmente relevantes no contexto atual, como O trabalho em home-office, são abordados, despertando o interesse de um público abrangente.

Há sempre um evento destinado a atender uma demanda específica. E para cada evento, é sempre possível contar com um podcast.

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