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No advento de 1848, em Londres, Karl Marx e Friedrich Engels, então jovens promissores, lançaram um pequeno livro intitulado O manifesto comunista. Confeccionado em alemão, não demorou para que o texto se espalhasse pela Europa, em sucessivas traduções. Em 1872 O manifesto ganhou uma edição norte-americana e, dentro de mais algumas décadas, tornar-se-ia um dos livros mais influentes do mundo.
Mário Golshimitd
Ao longo da pequena obra – gigante em repercussão –, os autores expõem a famosa tese de que a história das sociedades vem se desenrolando por meio de seguidas lutas de classe. Foi assim durante o feudalismo, o modo de produção predominante na idade média (senhores feudais x servos), e assim continuou sendo no modo de produção capitalista (burguês x proletário), afirmam os pensadores.
Para Marx e Engels, todavia, a sociedade burguesa simplificou ainda mais os “antagonismos de classe” e, em função de suas contradições e defeitos, sobretudo relativos às condições impostas às chamadas “classes dominadas”, tal modo de produção caminha para a sua autodestruição. Contribuiria para a superação do capitalismo, no entender dos pais do comunismo científico, a organização do proletário e a sua insurgência. Por proletário, segundo observação de Engels – adicionada em uma das edições de O manifesto – entenda-se “... a classe dos modernos trabalhadores assalariados que (...) dependem da venda da sua força de trabalho...”.
Ao contrário do que muitos imaginam, a despeito das críticas às estruturas da sociedade burguesa, Marx e seu colega reconhecem a acachapante vitória dos capitalistas na superação do feudalismo, e apontam a revolução burguesa como pressuposto para a implantação do comunismo. Trata-se de uma obra que desperta paixões, principalmente em função do entusiasmo de seus autores.
Leitura recomendada: O manifesto comunista, de Karl Marx eFriedrich Engels.
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