Assessoria de imprensa: considerações sobre o envio de releases no contexto de ambientes saturados

Crédito: Max Pixel
Tiago Zaidan

Nas redações dos veículos de imprensa, cheias de pautas, os jornalistas estão com suas caixas postais de e-mail completamente abarrotadas. Um release, a nota de sugestão de pauta, armazenado na caixa postal “recheada” do redator, corre sério risco de sequer ser percebido.


Em depoimento publicado no livro Releasemania: uma contribuição para o estudo do press-release no Brasil (1985), de Gerson Moreira Lima, o jornalista Rangel Cavalcante afirmou, a respeito da onda de releases nas redações, que esse recurso foi deformado e virou um sério problema para os meios de comunicação. Cavalcante complementa acusando o release de boletim de propaganda e de abordar assuntos que efetivamente não interessam ao público leitor dos jornais.

O “desespero” na busca de chamar a atenção da mídia, não é exclusividade de empresas privadas, sedentas para expor seus produtos nos veículos de comunicação. Não raro, chefes de repartições públicas desejam se promover com o objetivo de disputar cargos eletivos. Então, com a proximidade de um pleito eleitoral, passam a “fabricar” pautas.

Diante dessa realidade, deve-se evitar ao máximo as pautas que transmitem uma percepção de panfleto publicitário ao release. Uma instituição que não seleciona o momento correto de procurar a imprensa e emite uma enxurrada de pautas pode banalizar os contatos, gerando certa má vontade por parte dos receptores diante de releases futuros.

Outro esforço importante na reabilitação do release está no envio do material para a editoria correta. Tão impertinente quanto um tema insosso é o envio massificado de um release para diversas editorias de um mesmo jornal.

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