As
informações inseridas em um banco de dados de qualquer organização devem
ter sido expressamente cedidas pelos públicos. O respeito à privacidade dos
públicos-alvo precisa ser preservado. Extrapolar regras de condutas no que
tange aos limites da prospecção pode ser fatal para imagem institucional da
organização “espiã”. Recomenda-se a elaboração de uma detalhada política de
privacidade a qual, óbvio, precisa ser divulgada e respeitada.
Aqui,
a organização mantenedora deve expor ao internauta uma espécie de tratado, que
deve ressaltar o que a instituição não fará com os dados obtidos (LIMA, 2003,
p. 37), como por exemplo, não divulgá-los para outras organizações, evitando
uma proliferação de e-mails não
solicitados na caixa postal do internauta cadastrado.
Vale
salientar que, ao fornecer seus dados, o internauta acredita estar cedendo as informações
somente para a organização com a qual está se relacionando (LIMA, 2003,
p.51). Por esse motivo, recomenda-se incluir na política de privacidade a
proibição do repasse ou comercialização dos dados para terceiros.
É
recomendável que a instituição tranquilize o internauta, informando-o que os
dados são intransferíveis. Todavia, não basta tranquilizá-lo. É preciso também
respeitar os tópicos presentes na política de privacidade, sob pena de perder a
autorização do contatado para o envio de novas mensagens. Não há relacionamento
sem respeito.
Um
relacionamento pautado em cima das características e preferências do contatado
pode consumir algum tempo do empreendedor. Ao contrário dos materiais
massificados, produzidos mais velozmente, a comunicação segmentada exige do
profissional responsável algum conhecimento sobre o estilo de vida e
preferências de seus prospects e clientes.
Mensagens minimamente
personalizadas também podem ser enviadas em datas de aniversário de clientes,
membros da comunidade, agentes governamentais, ativistas e jornalistas
previamente cadastrados.
A
personalização - ou seja, o trato particularizado com os contatados - é
necessária. A Internet, ao passo em que consolidou tal tendência, permitiu
também a sua realização a custos menores. Agora, pequenas e médias organizações
e até mesmo profissionais autônomos, como artesãos, não possuem mais desculpas
para não produzirem materiais que respeitem a individualidade dos prospects e
clientes.
Leia mais sobre banco de dados.
E-Marketing: o marketing na internet com casos brasileiros | Tania Vidigal Limeira. Editora Saraiva.
Desafios contemporâneos em comunicação: perspectivas de relações públicas | Ricardo Ferreira FREITAS & Luciane Lucas dos SANTOS (org.). Editora Summus.
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