Banco de dados: possibilidades, privacidade e considerações éticas

Anderson Costa



As informações inseridas em um banco de dados de qualquer organização devem ter sido expressamente cedidas pelos públicos. O respeito à privacidade dos públicos-alvo precisa ser preservado. Extrapolar regras de condutas no que tange aos limites da prospecção pode ser fatal para imagem institucional da organização “espiã”. Recomenda-se a elaboração de uma detalhada política de privacidade a qual, óbvio, precisa ser divulgada e respeitada.


Aqui, a organização mantenedora deve expor ao internauta uma espécie de tratado, que deve ressaltar o que a instituição não fará com os dados obtidos (LIMA, 2003, p. 37), como por exemplo, não divulgá-los para outras organizações, evitando uma proliferação de e-mails não solicitados na caixa postal do internauta cadastrado.



Vale salientar que, ao fornecer seus dados, o internauta acredita estar cedendo as informações somente para a organização com a qual está se relacionando (LIMA, 2003, p.51). Por esse motivo, recomenda-se incluir na política de privacidade a proibição do repasse ou comercialização dos dados para terceiros.



É recomendável que a instituição tranquilize o internauta, informando-o que os dados são intransferíveis. Todavia, não basta tranquilizá-lo. É preciso também respeitar os tópicos presentes na política de privacidade, sob pena de perder a autorização do contatado para o envio de novas mensagens. Não há relacionamento sem respeito.



Um relacionamento pautado em cima das características e preferências do contatado pode consumir algum tempo do empreendedor. Ao contrário dos materiais massificados, produzidos mais velozmente, a comunicação segmentada exige do profissional responsável algum conhecimento sobre o estilo de vida e preferências de seus prospects e clientes.



Mensagens minimamente personalizadas também podem ser enviadas em datas de aniversário de clientes, membros da comunidade, agentes governamentais, ativistas e jornalistas previamente cadastrados.



A personalização - ou seja, o trato particularizado com os contatados - é necessária. A Internet, ao passo em que consolidou tal tendência, permitiu também a sua realização a custos menores. Agora, pequenas e médias organizações e até mesmo profissionais autônomos, como artesãos, não possuem mais desculpas para não produzirem materiais que respeitem a individualidade dos prospects e clientes.


Leia mais sobre banco de dados.

  

  




E-Marketing: o marketing na internet com casos brasileiros | Tania Vidigal Limeira. Editora Saraiva.




 

Desafios contemporâneos em comunicação: perspectivas de relações públicas | Ricardo Ferreira FREITAS & Luciane Lucas dos SANTOS (org.). Editora Summus.



 



E life: ideias vencedoras para marketing e promoção na web | Alessandro Barbosa LIMA. Editora Alta Books.




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