Bancos de dados: montagem e uso para personalizar mensagens

O aproveitamento observado no retorno às malas diretas e demais materiais promocionais enviados pelo correio ou pela internet será notavelmente maior se a mensagem tratar o destinatário pelo nome e abordar, em sua mensagem, exatamente o que o cliente quer ouvir. Não é preciso ser adivinho para tal. Basta consultar o banco de dados.

Anderson Costa

Um banco de dados, com informações relativas a integrantes do público de interesse da organização, contribui com a confecção de mensagens cada vez mais dirigidas aos prospects e clientes.

Luciane Lucas dos Santos enumera algumas das funções para utilização, em curto prazo, de um banco de dados. Estão entre eles: a viabilização de pesquisas de opinião com parcelas segmentadas dos públicos; a divulgação dirigida em detrimento da massificada, o que leva a uma otimização dos recursos destinados a projetos de comunicação corporativa; o oferecimento de ofertas em malas-diretas voltadas para uma parcela do público da instituição previamente identificada como potencialmente sujeita à oferta, e finalmente, o envio de newsletters ou boletins via correio eletrônico com conteúdo personalizado, de acordo com as preferências do destinatário (FREITAS & SANTOS; 2002; p. 42).

Existem dois meios de conseguir informações para uma database: comprando-as ou montando o seu próprio banco de dados. A segunda opção é a mais interessante, embora possa atrasar o início do relacionamento segmentado, uma vez que levará algum tempo para que a organização consiga colher os dados pertinentes.

O custo para a montagem de uma database através da Internet é menor. A notável redução de despesa faz-se presente, sobretudo, na prospecção dos dados (FREITAS & SANTOS, 2002, p. 39). Waldyr Fortes, por sua vez, defende que um site na Internet possui uma capacidade vocacional para conhecer o internauta que o visita (2003, p. 250). Formulários simples podem ser preenchidos pelo visitante em troca de algo como uma newsletter com informações de seu interesse, por exemplo.

Através da internet – por meio de um site, uma fanpage ou um microblog – tem-se ainda a capacidade de realizar concursos ou promoções, convidando o internauta a participar mediante o preenchimento de pequeno um cadastro (FREITAS & SANTOS, 2002 p. 42), agregando mais subsídios ao banco de dados.

Recomendam-se cadastros curtos, caso contrário a ansiedade do internauta pode inibir o seu preenchimento. A cessão de seu nome, endereço de e-mail e da permissão para o recebimento de informes é um bom começo de relacionamento. Além desses dados básicos, outra informação importante a ser coletada são as suas preferências.

Despejar perguntas pessoais a cada nova mala direta ou mensagem virtual, com vistas a atualizar o cadastro, é uma das formas de afastar o prospectado. Obter informações novas e atualizações de dados é importante, mas a obtenção de tais dados necessita ser efetuada com parcimônia e gradualmente. A cada newsletter, ou outra modalidade de mensagem, o destinatário pode ser convidado a responder uma nova pergunta.


Existem ainda outros instrumentos virtuais e ações simples que podem auxiliar a captação de informações para a database. Um despretensioso bate-papo em um Chat ou troca de mensagens em uma rede social são prezados meios de se obter informações que, seguramente, complementaram pesquisas de opinião.

Da mesma forma, o leitor/internauta pode opinar imediatamente após a leitura do informativo virtual, bastando para isso responder à postagem que lhe trouxe a informação da organização. As opiniões emitidas pelos internautas costumam vir permeada por informações pertinentes relativas à percepção que eles próprios possuem e informações sobre os seus perfis. Em tais mensagens o internauta não só emite sugestões ou críticas importantes como também fornece, intrinsecamente, dados pessoais de valia para a composição de um banco de dados. Para potencializar tal canal de obtenção de dados, os canais de interação virtuais devem convidar e seduzir constantemente o internauta a opinar.

O ideal é que o internauta tome a iniciativa de se cadastrar para receber os informativos da organização no ambiente virtual. Por outro lado, se o internauta, no ato do cadastro, não conceder a permissão para o envio de informes, a instituição deve respeitar a negativa. Os envios de mensagens indesejadas configuram no detestável spam (FORTES, 2003, p. 251). Em se tratando de uma ação institucional, o uso de spams é altamente arriscado e não recomendado.

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