Boato ou rumor

Hipólito Gouveia

Quem nunca ouviu um boato no ambiente de trabalho? “O chefe vai deixar a firma”; “A firma vai ser comprada por uma multinacional”; “Haverá demissões na empresa, não vai escapar ninguém”...

Como se viu, em linhas gerais, a rede de comunicação informal é aquela que não é requerida ou contratada pela organização. Não possui sua origem na estrutura organizacional e, portanto, não é oficial. Está presente nas conversas do dia a dia, puxadas por um funcionário com o seu colega de setor, nas demonstrações de apreço, nas mais diversas manifestações dos colaboradores, sem que organização exerça qualquer controle.

Uma das facetas mais proeminentes do sistema informal dentro das organizações são os boatos ou rumores. Em muitos casos, um boato ou rumor pode ter ser originado por alguém com interesses maldosos, com o objetivo de prejudicar uma pessoa, um setor ou mesmo a organização inteira.

Imagine o impacto que um boato com o este pode causar no corpo de funcionários de uma empresa: “Esta organização não merece o nosso esforço, pois já fiquei sabendo que uma grande onda de demissões está sendo considerada para os próximos meses”...

Evidentemente, a empresa não conta com casos deliberados em que alguma pessoa tem interesse de prejudicar a organização. No entanto, a estrutura formal pode sim se precaver ou minimizar a eventual força destrutiva de um boato ou rumor. E o melhor remédio para isto é a informação clara e com credibilidade, fornecida a quem de interesse.

Não raro, os boatos surgem e se agigantam no vácuo de uma comunicação formal ineficiente, quando não ausente. A falta de informação é um ambiente prolífico para o surgimento da ansiedade e da insegurança, as quais são ingredientes certos no surgimento de boatos ou rumores.

Todo ser humano necessita de informação. Se a informação não vem pelos caminhos convencionais, acaba brotando de alguma forma, ainda que inexata e sem procedência confiável.

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