Hipólito Gouveia
A Internet oferece ótimas oportunidades para se desenvolver
otimizadas relações institucionais, a um custo viável para empreendedores dos
mais diversos portes. Sua natureza interativa vai ao encontro da tendência
contemporânea onde o diálogo emissor – receptor e receptor – emissor é
potencialmente latente.
Embora possua uma audiência bastante inferior se comparada
aos meios de comunicação de massa convencionais, seu público é inegavelmente
sedutor.
Pinho (2003, p.39) reforça a afirmação com o seguinte dado:
em nosso país a maior parte dos usuários da Internet estão reunidos nas nove
principais regiões metropolitanas.
Em artigo, Luciane Lucas (FREITAS e LUCAS, 2002, p.35)
enumera três pontos que julga serem, basicamente, os responsáveis pelo sucesso
da Internet como ferramenta corporativa. São: o segredo, a velocidade e o afeto
– que diz respeito à construção de laços com o internauta. Destes, o primeiro
chama a atenção, pois nos faz saber que, por meio de ferramentas do
ciberespaço, é possível atingir o público alvo de forma cirúrgica, sem alarde
e, portanto, sem o conhecimento da concorrência.
Se isto já não bastasse, soma-se aos atributos positivos do
ciberespaço o seu alcance mundial. Nunca foi tão real a possibilidade de
ofertar informações e satisfazer os seus clientes em qualquer parte do planeta,
contribuindo para o fortalecimento do relacionamento com estes, seja por meio
da oferta de informações recentes, ou por meio de aditivos que reforcem a ideia
de consideração.
Todavia, é na possibilidade de se estender o trabalho de
assessoria de imprensa ao ciberespaço que reside um dos maiores trunfos de um website institucional. Conquanto não se
permita um contato pessoal – obviamente –, ainda muito necessário, uma sala de
imprensa virtual pode disponibilizar por 24 horas diárias, releases, press-kits
e demais dados pertinentes ao trabalho efetuado pelos jornalistas, onde
quer que eles estejam.
Além de clientes, prospects (clientes em potencial)
e imprensa, a Internet também possibilita um estreitamento do
relacionamento com os outros públicos não menos importantes, mas não raro
marginalizados, como fornecedores e, no caso de uma sociedade anônima, seus
acionistas.
Por outro lado, ferramentas como a intranet tem o
poder de ampliar e agilizar as comunicações com o público interno.
Ao resistir à era da rede mundial de computadores, os
pequenos empresários acabam não se dando conta de que na Internet podem
concorrer de modo mais igualitário com os rivais de maior porte. Isso porque,
no mundo virtual, com a ausência da estrutura física e de quadros complexos de
funcionários, o acesso técnico a sua firma torna-se idêntico aos das grandes
corporações (PINHO, 2003, p. 42). É bom frisar, todavia, que tal potencial
igualdade também se estende aos criadores de boatos, que, embora possam ser
levianos, chegam a repercutir como jamais repercutiriam em outro veículo.
Mas, ao passo em que a Internet é um terreno fértil para o
surgimento e propagação de boatos, também é – por meio do website da
organização –, o local adequado para reparação de danos à imagem da
instituição.
Da mesma forma, a acessibilidade da home-page da
empresa é fundamental em momentos de crise, quando seus públicos buscam
informações oficiais. Por públicos entendam-se clientes e, principalmente,
jornalistas.
Relações públicas na Internet: técnicas e estratégias para informar e influenciar públicos de interesse | J. B. PINHO. Editora Summus.
Desafios contemporâneos em comunicação: perspectivas de relações públicas | Ricardo Ferreira FREITAS & Luciane Lucas dos SANTOS (org). Editora Summus.
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