Assessor de imprensa: seus diversos papéis

Amanda Balls


As atividades de um assessor de imprensa dentro de uma organização giram em torno, basicamente, da prestação de informações aos jornalistas e estabelecimento de relação com estes, facilitando-lhes o trabalho, e da orientação do staff para o desenvolvimento de tal relacionamento.

Mas não fica nisso.

O assessor precisa estar atento às notícias diárias veiculadas pelos meios de comunicação, sempre com vistas a selecionar aquelas que interessem o cliente ou que versem sobre a organização.
Mas não só apenas as notícias externas devem ocupar um assessor. O departamento de comunicação deve manter o contínuo exercício de “cata de notícias” dentro da organização. Procurar aquelas informações, junto aos departamentos e ao staff da organização que possam vir a ter, depois de devidamente trabalhadas em um release, potencial jornalístico.

Evidentemente, nem tudo que acontece dentro de uma organização merece a conversão em sugestão de pauta para a mídia. Na verdade, cada organização tem um apelo próprio junto aos meios de comunicação, apelos que podem ser maiores ou menores. Existem organizações que geram mais pautas de interesse para a mídia – como uma universidade, por exemplo –, e outras que geram menos pautas.

O importante é saber “pescar” aquelas informações que possuam efetivo valor de notícia, e lapidá-las devidamente. Acompanhar o noticiário é importante para ajudar o assessor a descobrir quais são os “ganchos” oportunos a partir do quer vem sendo veiculado recorrentemente na mídia.

Escolhida a pauta e redigido o release – que é justamente o documento o qual será enviado aos jornalistas apresentando a informação da organização como sugestão de notícia –, é cabível a realização do chamado follow-up.

Follow-up nada mais é do que o contato feito com os jornalistas – por telefone ou por email – para checar se o release foi recebido. Na ocasião, o assessor pode ter que responder perguntas do jornalista sobre a pauta enviada. Por isso é pertinente estar preparado.

O assessor também deve estar preparado para atender aos jornalistas que procurarem a organização. Como dito anteriormente, algumas organizações, por sua natureza e atividade, são mais procuradas pela mídia do que outras. O que se deve evitar sempre é a falta de pronunciamento da organização diante da procura de um jornalista. Isso pode acarretar na famosa e famigerada frase: “a organização foi procurada, mas não quis se pronunciar”. A política de portas abertas, inclusive em momentos de crise, é a mais recomendada.

Por isso é tão importante o trabalho de conscientização e orientação do staff da organização, para fins de relacionamento com a mídia. Um integrante da organização pode ser solicitado para esclarecimentos. Não por acaso, o acompanhamento em entrevistas é, também, uma atividade do assessor. Com a sua presença, durante uma entrevista, o assessor poderá dar assistência ao entrevistado e até mesmo ao entrevistador.

A presença e a participação do assessor em eventos da organização são, da mesma forma, pertinentes, especialmente para atender os jornalistas que possam vir a comparecer. A distribuição, aos jornalistas, de materiais informativos, como o press-kit, são bem vindos nessas ocasiões.



 



Assessoria de imprensa: teoria e prática | Luiz Artur Ferraretto & Elisa Kopllin Ferraretto. Editora Summus.





 



 Assessoria de imprensa: como fazer | Rivaldo Chinem. Editora Summus


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