Convite no site do Greenpeace para assinar newsletter |
Hipólito Gouveia
Depois de confeccionada a mala-direta ou a newsletter é chegado o momento de
enviá-la aos públicos-alvos da organização. Todavia, recomenda-se que o envio
de tais mensagens não seja aleatório, sobretudo quando o público destinatário é
externo, pois, desse modo, corre-se o risco de destinar e-mails a internautas que não desejam lê-los, o que configura o spam.
Os spams são muito
mal vistos na rede mundial de computadores (FORTES, 2003, p.251),
protagonizando, inclusive, motes de campanhas contra o seu uso. Além disso,
estatisticamente, sua eficiência medida pelo percentual médio de retorno é
inferior à obtida por e-mails com
permissão (LIMA, 2003, p.57). A utilização de spams, principalmente para transmitir mensagens de caráter
institucional é efusivamente não recomendada.
O ideal é que as newsletters
e as malas-diretas sejam enviadas aos destinatários que expressaram
anteriormente o desejo de recebê-las. E, mesmo para os internautas que se
subscreveram na newsletter, é
necessária a existência de uma opção clara – que deve acompanhar as mensagens –
para a solicitação do cancelamento de seu recebimento (PINHO, 2003, p. 46).
Solicitações desta natureza devem ser prontamente atendidas pela instituição.
Uma forma de obterem-se nomes e e-mails para o recebimento de newsletters
e malas-diretas sob permissão, ou seja, devidamente autorizados, é por meio
de convites no website institucional
da organização. Desse modo, espera-se que o internauta preencha um pequeno
cadastro para, a partir de então, passar a receber o informativo em seu e-mail (LIMA, 2003, p.50). O cadastro
não deve ser longo, preferencialmente restringindo-se a informações básicas,
necessárias para o envio da newsletter.
A imprensa é um dos públicos que devem ser convidados a
subscrever a newsletter da
instituição. O convite à subscrição desse público específico deve ser feito na
página reservada à imprensa, dentro do website
institucional, geralmente intitulado de “sala de imprensa”. A assinatura de
uma newsletter por parte de um
jornalista configura-se em um ótimo início de relacionamento, que pode ser
estreitado e tornar-se permanente (PINHO, 2003, p.122).
A mesma estratégia é válida para a captação de e-mails e devidas permissões de membros
da comunidade que cerca a organização e agentes de órgãos governamentais e reguladores.
Nesses casos, os convites para a subscrição das newsletters específicas para cada segmento serão posicionados,
respectivamente, na página do website institucional
destinada a promover o relacionamento com a comunidade e na page destinada a pavimentar o
relacionamento com os membros dos departamentos governamentais de interesse.
O convite à subscrição, para recebimento de e-mails com informes destinados ao
público, composto por clientes e prospects,
pode situar-se na home page da
página institucional da organização.
Lançar mão de recursos off-line,
para gerar mais assinantes para a newsletter
da organização incrementará, substancialmente, o número de cadastrados.
Após reuniões com clientes, por exemplo, os presentes podem ser convidados a
assinarem uma lista, dispondo ao lado o seu endereço de e-mail e informações adicionais que convirem ao setor de
comunicação da instituição, visando o recebimento da newsletter institucional.
Lima, citando experiência própria em ensejos semelhantes,
afirma que, ao convidado a assinar a lista de subscrição, “avisava com
antecedência que ele poderia retirar o seu cadastro no momento em que
desejasse” (2003, p.51).
Se a empresa possui uma certa urgência em adquirir e-mails com permissão para envio de
malas-diretas, pode dispor de firmas que comercializam catálogos com endereços
de internautas dispostos a receberem informes em seus correios eletrônicos.
Todavia, a eficiência da comunicação estabelecida a partir de um mailing próprio é mais eficiente (LIMA,
2003, p.54).
A emissão de mensagens para os internautas cadastrados na
lista de e-mails da organização deve
ser efetuada com parcimônia (PINHO, 2003, p.68). O envio excessivo de informes,
sem relativa pertinência, incomoda substancialmente os donos das caixas postais.
A conseqüência da saturação de mensagens pode ser o cancelamento da intenção em
receber newsletters e malas-diretas
da instituição.
Lima nos faz saber que o intervalo entre o envio de uma newsletter e outra, na preferência do
destinatário, é mensal (LIMA,2003, p.122).
Relações públicas: processos, funções, tecnologia e estratégias | Waldyr Gutierrez FORTES. Editora Summus.
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