Informações sobre o contexto político são úteis às organizações |
Hipólito Gouveia
A partir de uma
análise do ponto de vista sistêmico, temos a organização como um subsistema de
um sistema maior, a sociedade. Tratam-se de entidades que estão interligadas a
fatores externos os quais interferem o tempo todo em suas atividades.
Variáveis de
ordem diversas, como aquelas relacionadas a questões políticas, econômicas,
sociais, legais, culturais, ecológicas e demográficas exercem influencias reais
sobre a organização, que já não pode mais ser vista como algo fechado em si, mas
em constante sintonia com o ambiente em que está inserida.
Atenção ao que se passa do lado de fora de seus muros |
Um ataque de
tubarão em uma praia da região, por exemplo, pode acarretar sérias perdas para
a indústria hoteleira também nas cidades vizinhas.
A aprovação de
um novo plano diretor em uma cidade certamente causará impacto direto nos
negócios de uma imobiliária, ou construtora. Em fim, são inúmeros os exemplos
de interferências de fatores externos que afetarão, para o bem ou para o mal, o
subsistema organizacional.
Isso explica a
importância da realização permanente de auditorias sociais ou monitoramento
ambiental pelas organizações, sejam elas entidades privadas, não governamentais
ou estatais. Pode-se dizer que até mesmo pessoas físicas, empreendedores
individuais etc., precisam estar atentos ao ambiente que os cerca.
Voltando ao
exemplo do plano diretor aprovado em uma cidade, ou o anuncio da construção de
um simples viaduto em uma região residencial. Tal obra pode contribuir para a
desvalorização dos imóveis na vizinhança (não é muito atraente ter como vizinho
do lado uma pista elevada com tráfego intenso de automóveis). Para um indivíduo
que possua imóveis e aufira renda com os aluguéis, é pertinente saber que os
imóveis daquela região estão para sofrer abalo em sua valorização. Informação é
tudo.
Por isso a
importância da auditoria social ou monitoramento ambiental: a possibilidade de
facilitar a detecção de problemas que estão além do muro da organização, no
ambiente externo, mas que, se não trabalhados adequadamente, podem levar a
sérios riscos, e invadir a organização sem pedir licença.
Quanto mais
atenção se der ao monitoramento, maiores as chances de antecipar problemas e
conflitos e, com isso, minimizar perdas ou ampliar ganhos, conforme o caso,
além de facilitar o planejamento de programas importantes para a organização.
Os meios de
comunicação social são, sem dúvida, os maiores reverberadores do que se passa
na sociedade. E, por isso, o acompanhamento do que é veiculado nos telejornais,
jornais impressos, revistas, emissoras de rádio etc., são fundamentais. Quiçá,
a mídia massiva consista na principal fonte para a obtenção de dados no bojo de
um monitoramento ambiental ou auditoria social.
Um gestor não
pode ignorar os fatores externos nem análises conjunturais. Para as
organizações, o que acontece no meio ambiente (aqui usado no sentido lato),
representa muito mais que uma notícia. Trata-se, na verdade, de informações que
se usam. Que valem dinheiro.
Leia mais sobre macroambiente e monitoramento ambiental.
Clique aqui para ler o post: Ambiente externo ou macroambiente – para além dos muros da organização.
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