Tiago Zaidan
Crédito: Pixabay |
A compra de espaços pelos meios de comunicação de massa
costuma ser vista como um caminho atalhado para fazer uma marca ou produto ser
percebido por uma grande quantidade de pessoas em um curto espaço de tempo.
Contudo, os espaços de propaganda disponibilizados pelos mass media não estão
imunes a saturação, motivo pelo qual o anunciante não pode prescindir das
reprises, sob pena da mensagem não se destacar em meio ao ruído composto por
inúmeros outros apelos propagandísticos. A necessidade da redundância na
exibição das mensagens soma-se aos altos custos inerentes à abordagem pelos
meios de comunicação de massa, o que certamente inviabiliza tal estratégia por
organizações de menor porte.
Uma das alternativas para as organizações é a da conquista
de mídias espontâneas, não oneradas, através, por exemplo, da assessoria de
imprensa. Segundo esclarece a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), em
seu Manual de assessoria de comunicação imprensa – 2007, a conquista de mídia
espontânea na grande imprensa pressupõe que “tanto a publicação de notas, como
o agendamento de entrevistas e a publicação posterior de informações, são
gratuitas. (...). Não se paga por essa publicação. Se paga para a assessoria
trabalhar de forma a conseguir esse resultado”.
Em relações públicas é notório que uma simples nota na
imprensa tem o potencial para exercer influência sobre os públicos-alvo de uma
organização. Não por acaso, para Waldyr Fortes, na obra Relações públicas –
processo, funções, tecnologia e estratégias (2003), “Numa situação de
equilíbrio, as empresas precisam mais da imprensa do que a imprensa das
empresas”. Sabendo disso, as assessorias se esforçam para que, de alguma forma,
as marcas as quais representam sejam citadas em jornais, revistas, rádios,
emissoras de televisão e, mais recentemente, na internet, em sites de notícias
e etc.
Os jornalistas e os meios de comunicação são formadores de
opinião e, de certa forma, representantes da sociedade, motivo pelo qual devem
ser atendidos, em suas solicitações, com presteza e honestidade. Mas não só.
Sugere-se uma postura proativa, por meio do envio regular de sugestões de pauta
relevantes e consonantes com as particularidades de cada veículo.
Toda a equipe da instituição deve ser orientada a tratar bem
os jornalistas, e a encaminhá-los a quem possa falar pela organização, de modo
a se evitar discursos dissonantes, especialmente diante de situações ou temas
mais delicados. Isso não quer dizer que os integrantes da equipe estejam
proibidos de conversar com a imprensa. Em seu livro, Waldyr Fortes é enfático
sobre este tema, ao defender que a atividade de relacionamento com a imprensa:
“É, praticamente, um trabalho que abriga todos os funcionários da organização,
que devem ser treinados para prestar esclarecimentos. O que se quer é a
informação direta da fonte ao repórter, não passando por ‘filtros’ que alterariam
a essência da informação”.
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