O planejamento do nome de um novo negócio

Imagem: Tim Mossholder | Pexels

O nome de um novo negócio deve receber uma atenção especial no ato do planejamento de um empreendimento. É preciso que os empreendedores – especialmente os marinheiros de primeira viagem – tenham a consciência de que o nome de uma organização deve ser mais que uma homenagem a algum parente, ou um simples surto criativo.

Carlos Miranda

É comum vermos nomes de pequenos negócios que mesclam as primeiras sílabas dos nomes dos filhos do dono. O sentimento paterno é valoroso. Todavia, o resultado dessa declaração de amor pode resultar em uma designação catastrófica.

Nome próprio

Existem algumas diretrizes básicas que podem contribuir substancialmente com o empresário na hora de escolher um nome para o seu negócio. Em primeiro lugar, é preciso resistir à tentação de atribuir ao negócio o nome da categoria em que ele atua. Uma lanchonete com o nome de A lanchonete não conseguirá se destacar na memória do consumidor. Embora, a princípio, o artigo “a” transmita uma significação gramatical definida, na prática, o nome acabará relegado a um plano secundário na mente de um prospect.

O melhor a fazer é adotar nomes próprios, que, se possível, sugiram a categoria. Mas atenção. Os nomes devem apenas sugerir. Jamais devem ser a própria categoria. Os serviços de busca na Internet Google e Yahoo! sugerem o seu ramo de atividade sem precisar adotar a prosaica designação buscador.net, por exemplo.

Memorização

Quanto menor o nome, mais fácil de lembrá-lo. Por falar em lembrança, deve-se evitar a utilização de combinações alfanuméricas em um nome de negócio. Espelhe-se nas placas de automóveis. Nunca conseguimos decorá-las. Por quê? Simples, elas são compostas por letras e números. Nada mais inconveniente para a memória do que essa combinação.

Por outro lado, nada mais alinhado aos esforços de memorização que o recurso da aliteração. Para obter-se tal fenômeno é preciso basicamente buscar a repetição de letras em posições semelhantes. Quanto menos letras do alfabeto forem empregadas, mais simples a alcunha. Quanto mais simples a alcunha, mais memorável.  Neste sentido a marca Coca-Cola é imbatível. Repare a simplicidade do nome. Embora possua oito letras no total, trata-se apenas de duas vogais e duas consoantes distintas. A silaba “co” repete-se, da mesma forma que a vogal “a”, em “Coca” e em “Cola”. Embora não possua um nome desprezível, a concorrente Pepsi-cola perde miseravelmente quando o quesito é a fluência da pronúncia de seu nome.

Nome do fundador

Ford, Nestlé e Gillette. O que essas marcas possuem em comum além de prestígio? As alcunhas nada mais são que os nomes de seus fundadores. A lista de organizações que levam consigo a simples transcrição do sobrenome de seu criador é bem mais ampla que esses três casos citados. E não se restringem apenas ao ramo industrial. Na área dos serviços, também é possível vislumbrar muitos exemplos bem-sucedidos, de hotéis a parques de diversões.

O nome do fundador, cedido à própria organização, potencializa o poder publicitário da marca, sobretudo junto à imprensa. Nesses casos, uma simples entrevista com o executivo da instituição confere momentos de visibilidade para o nome da organização. Diante da possibilidade de divulgar a instituição por meio de incursões na mídia, o empreendedor deve estar disposto a tornar-se famoso junto com a sua empresa.

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