Mercador: Comunicação de massa

Aloísio Gueiros

A chamada Comunicação de Massas tem como característica marcante, o grande alcance e audiência – atingidos via meios de comunicação. A comunicação de massa é sempre mediada e tem como destinatários a massa anônima.

Justamente por atingir um agregado tão grande de pessoas (ou, pelo menos, desejar atingir), a mensagem da comunicação de massa procurar guiar-se por um receptor médio, o que leva, não raro, a nivelar por baixo os receptores. É preciso fazer chegar a mensagem – enquanto mercadoria – a o maior número de pessoas. Para tal, torna-se de bom alvitre simplificar a mensagem e padronizá-la. Em última instância, empobrecê-la.

Estes pontos distinguem a comunicação de massa da chamada comunicação interpessoal e comunicação institucional. A primeira se faz entre pessoas, como, por exemplo, em um diálogo entre dois amigos. Já a segunda, ocorre entre as instituições e os seus públicos. é aquela realizada em profusão pelas relações públicas, por exemplo.

Enquanto da comunicação interpessoal e na comunicação institucional – nesta, ao menos em tese – busca-se a unidirecionalidade, ou seja, todos os implicados na comunicação podem e devem emitir mensagens, na tradicional comunicação de massa o sentido é unidirecional. Resta, portanto, a audiência, consumir a mensagem de forma passiva e sem direito significativo de responder ao emissor.

Quando muito, a resposta permitida ao receptor nas comunicações de massa, resume-se ao binário sim ou não. Liga ou desliga. Fica no canal, ou muda. Em todo caso, a experiência com os meios de comunicação de massa é voluntária.