Quais são as barreiras na Comunicação Organizacional

Crédito: Alex Andrews | Pexels

Alguns problemas podem prejudicar ou dificultar a comunicação no ambiente organizacional. É o que chamamos de barreiras na comunicação organizacional.

A lista das barreiras pode variar, a depender da fonte consultada. Listamos algumas das principais barreiras.

Eloy Zaidan

  • Pessoais,
  • Administrativas/ burocráticas,
  • Por excesso de informações / sobrecarga de comunicação,
  • Por comunicações incompletas ou parciais,
  • Por audição seletiva / percepção seletiva,
  • Juízos de valor,
  • Credibilidade da fonte,
  • Problemas de semântica / linguagem,
  • Filtragem,
  • Linguagem intragrupal,
  • Diferenças de status,
  • Pressão de tempo,
  • Dissonâncias normativas,
  • Defesa.

Dentro das organizações, a comunicação pode ser influenciada pelo estado de espírito, pelas emoções, pelos valores e pela personalidade dos agentes envolvidos. São as barreiras pessoais.

Mas às vezes, a própria organização, pela forma como lida com os processos comunicativos, pode acabar atuando como dificultador da comunicação. É o que ocorre, por exemplo, quando a comunicação é prejudicada pelo excesso de regras, normas e proibições institucionalizadas. É o que chamamos de barreiras administrativas / burocráticas.

Em outros casos, a comunicação é lesada não pela burocracia em si, mas pela falta de clareza das normas e instruções. A consequência é a falta de compreensão das informações na recepção. É o que chamamos de dissonâncias normativas.

Por outro lado, há organizações que, no afã de transmitir informações, ou pela simples falta de planejamento ou estabelecimento de prioridades, acabam por “afogar” os receptores com avisos, documentos, reuniões e canais de comunicação diversos, causando uma sobrecarga e redundando na não absorção das informações. Trata-se do excesso de informações / sobrecarga de comunicação.

O ideal é que haja equilíbrio. Sonegar informações também consiste em uma barreira de comunicação. E o problema não está apenas em deixar de transmitir a informação. Mas também em fazê-la de forma fragmentada, inacabada e distorcida. São as comunicações incompletas e parciais.

Lacunas na comunicação podem ocorrer também pela barreira da pressão do tempo. Seja no dia a dia, seja no ambiente organizacional, a correria acaba impedindo encontros e diálogos. Por estarmos muito ocupados, não raro limitamos a comunicação.

As barreiras não estão apenas do lado do emissor. O receptor pode fazer uma audição seletiva da mensagem recebida. Por exemplo, diante de um conjunto de informações, um receptor pode acabar operando uma seleção, ao bloquear parte da comunicação que confronte suas crenças e valores.

Não confundir com a barreira da filtragem. Aqui, o problema ocorre na comunicação ascendente, quando as bases omitem ou manipulam as informações destinadas aos escalões superiores, com vistas a evitar percepções desfavoráveis.

Ainda com relação à comunicação ascendente, há a barreira das diferenças de status. Membros de níveis hierárquicos inferiores podem se sentir ameaçados pela representação dos níveis hierárquicos superiores e pelos símbolos que os acompanham.

O receptor também pode se precipitar, fazendo ilações e julgamentos sem nem mesmo ter consumido a informação integralmente, baseando-se para tal no conceito (ou preconceito) que nutre pelo emissor da mensagem. A percepção é alimentada por experiências prévias com o emissor. Trata-se da barreira dos juízos de valor.

Na mesma linha, a mensagem pode ser prejudicada pela barreira da credibilidade da fonte. Se o emissor não tiver credibilidade, a mensagem emitida será fatalmente afetada na recepção.

A barreira semântica / de linguagem refere-se à inadequação e à falta de adaptação do repertório para comunicar algo ao receptor. Diante das palavras e demais signos empregados, o interlocutor pode simplesmente não compreender a mensagem, ou entender errado. Há de se observar ainda que nem sempre as palavras e os termos empregados possuem significados compartilhados entre emissor e receptor. Ou seja, a ideia do emissor pode ser a de comunicar algo específico; mas o entendimento do receptor pode ser outro.

O entendimento da mensagem também pode ser prejudicado pela barreira da linguagem intragrupal. Esta ocorre quando grupos ou setores coesos acabam desenvolvendo ou abusando de um vocabulário muito específico, hermético, embaraçando a compreensão das mensagens pelas pessoas externas ao setor ou grupo.

Por fim, ataques verbais, questionamentos e comentários sarcásticos podem ser consequência da barreira de defesa, a qual pode surgir quando o receptor se sente ameaçado pelo emissor, por algum motivo. A reação instintiva é a postura de defesa (ou, até mesmo, armada), o que evidentemente interfere na comunicação.

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